Uma dúvida marxista
Ler Marx torna-nos mais ricos? Se sim, não nos tornamos desse modo inimigos da classe operária?
(Esta já deve ter barbas. Deve estar num FAQ sobre o assunto.)
As tintas e as cinzas do Império.
Ler Marx torna-nos mais ricos? Se sim, não nos tornamos desse modo inimigos da classe operária?
"O homem que só encontrou o reflexo de si mesmo na realidade fantástica da televisão, onde buscava um super-homem, já não se sentirá inclinado a encontrar somente a aparência de si próprio, o não-homem, já que aquilo que busca e deve necessariamente buscar é a sua verdadeira realidade.
Há muitos, muitos anos, antes do 25 de Abril, a capa de uns caderninhos da escola primária citava a frase de Pessoa "Minha pátria é a língua portuguesa". Lembro-me do meu espanto quando conheci o seu contexto:
Os fumadores são assassinos suicidas e os não fumadores são fundamentalistas clean estúpidos. Bom, esta parece-me uma boa base para que possamos chegar a um acordo.
Peço desculpa pelos posts de hoje. Acordei virado à esquerda, e é o que se vê. Prometo que não torno, e um dia destes compenso.
Se, num acto de tresloucada decência, a Brisa anunciasse que passaria a não cobrar aos seus clientes serviços que na realidade não presta (o serviço de auto-estrada nos lanços em obras), as suas acções cairiam imediatamente, por quebra nos lucros esperados.
A questão do capitalismo popular tem piada (ok, muitos estão escaldados e não acham).
À luz dos acontecimentos recentes, deveríamos reavaliar o conceito de "Geração Rasca". IMHO, a geração que estamos a formar parece-me uma digna sucessora da geração actual.
O excelente texto de Alexandre Monteiro mostra como os traços culturais que mais nos definem têm uma longa tradição, que remonta, pelo menos, ao século XVI.
Corolário do post anterior:
Opinião Pública=Nível de Instrução+Opinion Makers seleccionados+Desinformação+Componente Aleatória
The New York Times, The Guardian, El Pais, Time...
Uma perguntinha do Bloguítica Nacional: "Se o ensino superior tem 'qualidade', então por que razão quem pode vai estudar para o estrangeiro?"
Não percebo a celeuma à volta dos novos manuais escolares. Aliás, estou firmemente convencido que são os melhores manuais que poderíamos ter. Vejamos porquê.
Nunca perceberei quem liga o buzz do despertador ou do telemóvel e salta da cama só com o susto. Ainda mais estranho é um buzz periódico, que equivale à tortura multiplicada e consentida.
Em Portugal, onde quer que nos encontremos estamos a poucos minutos do Belo absoluto. Basta estar num lugar escuro ao ar livre e olhar para cima.
No post "Leituras de Avião", JPP fala de um artigo no Figaro sobre um estudo do sistema escolar francês. Uma das conclusões que para JPP é interessante "é a clara manutenção da diferenciação social em todo o percurso escolar, apesar da forte pressão igualitária (e se calhar por isso mesmo) da escola".
No livro "The Language Police", Diane Ravich mostra como o politicamente correcto entrou nos manuais das escolas americanas, começando com um louvável propósito de não discriminação e tornando-se num monstro feito de textos absurdos, proibições idiotas e envio para index de muitos dos clássicos americanos.
Será a palavra japonesa para "homorróidas"?
Duas notícias no mesmo Expresso (11/10/2003):
As citações abaixo referem-se ao mesmo acontecimento, relatado pelos dois principais jornais da Madeira, no mesmo dia (31 de Agosto). Repito: trata-se do mesmo acontecimento, e cito as notícias na íntegra. E não digo mais nada, porque me apetece dizer muito. É destes pequenos doces que os cínicos se alimentam.
O linguarejar do Porto fascina-me e surpreende-me cada vez que cá venho.
AO DIVINO ESPÍRITO SANTO
Num tempo acelerado como o nosso, é bom saber que há coisas para onde é bom voltar, que têm um calor familiar e uma espécie de eternidade que nos conforta como o colo da mãe.
O título é d' A Aba de Heisenberg, que pega num porco inglês, num bacalhau francês e num peixe espanhol para concluir que o português "é uma língua bastante crua e pobre". Não posso estar mais de acordo, excepto num pormenor: porquê citar esses amadores? Falemos dos profissionais do léxico, aqueles que realmente sabem todas as nuances das palavras, todos os milimétricos cambiantes de sentido. E vamos aprender com eles, caramba! Assim, com estes exemplos, carago:
É o título de um livro de Nicolas Baverez e que os (filo-)americanos estão a adorar. No Chicago Boyz podem ler-se comentários como (Baverez não é mais doce):
O projecto do governo de vender dívidas fiscais ao sector privado é uma das mais geniais ideias dos últimos tempos e, se avançar, vai ter como consequência um boom económico sem precedentes. Vejamos.
Morrer a dormir é como a sair a meio do filme: nunca saberemos como acabou e ninguém nos vai contar.
O opiniondesmaker cita a minha frase "Teriamos que falar de coisas verdadeiramente importantes e nós não sabemos, não é?" para concluir que "É que - às vezes - já nem sei o que é realmente importante.
Não saber escrever é uma das grandes frustrações da minha vida.
"Diz-me quanto me compras, dir-te-ei quanto me amas"