sábado, outubro 18, 2003

O Melhor dos Mundos Possíveis

Não percebo a celeuma à volta dos novos manuais escolares. Aliás, estou firmemente convencido que são os melhores manuais que poderíamos ter. Vejamos porquê.

Em Democracia, o povo escolhe o partido que, num determinado momento histórico, melhores garantias dá de bem governar. O Governo saído de eleições é, por isso, o melhor Governo possível. Podemos nós, meros espectadores, afirmar que as suas decisões não são as mais correctas? É claro que não.

No sector da educação, cabe às editoras elaborar os manuais escolares que concretizam as opções políticas do Governo. As editoras, que actuam num mercado extremamente competitivo, não podem deixar de escolher os melhores autores, que lhes garantam o melhor produto, mais próximo dos objectivos do Governo, ao mais baixo custo, aumentando assim as suas vendas.

As escolas, procurando atrair os melhores estudantes e apostando num ensino de excelência (como poderiam não o fazer?) de forma a subirem no ranking do Ministério, escolhem os melhores manuais.

Os professores, dentro do mesmo espírito, tiram o máximo partido do manual seleccionado, complementando-o com os seus próprios textos e com as experiências enriquecedoras que os alunos trazem de casa.

Tudo isto parece-me de uma evidência cristalina. Por isso, não entendo tanta discussão, nem percebo o azedume de um certo Voltaire exaltado que anda por aí.

(Fui inspirado(?) por um post muito interessante do Liberdade de Expressão.)