A hipocrisia da rainha de copas
Ao que eu chamava num post anterior a ausência de relações institucionais entre pessoas, fala o relatório Mckinsey em informalidade. É a mesma coisa.
Temos exemplos disto todos os dias e, como dizia no post, há sempre a possibilidade de algum tolo ser apanhado. O comandante dos bombeiros de Lamego e os seus passeios de helicóptero e o favorecimento (alegado, neste momento) da filha do ministro para entrada na Universidade estão definitivamente na categoria dos tolos.
Não me parece interessante comentar estes casos, porque são ridículos, são recorrentes e fazem parte muitas vezes da agenda escondida de grupos de pressão, e servem apenas para epater le bourgois, numa nova aplicação revista e ampliada.
Hoje Portugal estará repleto de rainhas de copas aos gritos ao ministro "Off with his head! Off with his head!". Os comentadores porque são pagos para isso, os media porque é a lógica das audiências e a oposição porque não sabe fazer melhor. Toda a gente faz uma espécie de ola à volta dos culpados, estúpidos, e os media chupam a notícia até ao tutano.
Um caso de (alegado) nepotismo é grave e deveria ser tratado com procedimentos adequados, que não existem, nem para este, nem para os outros casos, porque se existissem deixariam a categoria de pão-e-circo. E nós não queremos isso, pois não? Teriamos que falar de coisas verdadeiramente importantes e nós não sabemos, não é?
Estas coisas cansam, de tão repetidas.
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