Laranjas?
As tintas e as cinzas do Império.
O Blasfémias, cita Le Figaro, Le Monde e o Liberation, que gostam de Durão Barroso por ele falar fluentemente francês, e acha um critério pouco exigente.
As profecias de Nostradamus falam, numa passagem particularmente obscura, numa tragédia de um povo até agora não identificado que se daria quando "o calvo pintas encontrar o jardim na estrela cairão as bandeiras estimadas e a história recomeça".
Penso que se Pedro Santana Lopes vier a ser primeiro-ministro devemos recuperar alguns valores tradicionais, como o conceito de "choldra" que, pressinto-o, é adequado a um país governado por alguém com o seu perfil de estadista.
Há aquela história do tipo que se atira do alto de um prédio e, ao passar por cada andar, pensa "por enquanto tudo bem, por enquanto tudo bem".
Deve ser ignorância minha mas, assim de repente, não encontro nova Aljubarrota para confirmar ou mapa cor de rosa para vingar. Tivemos algumas escaramuças com os holandeses no Brasil, mas ganhámos (infelizmente para o Brasil) e, embora na origem da Indonésia, não me parece que os possamos culpar dos problemas com Timor. Quanto aos suecos, não recordo qualquer problema com os Vikings, e até nos fizeram o favor de abrir uma loja Ikea em Lisboa.
A propósito do excesso de nacionalismo criticado em muitos posts (como este), gostaria de distinguir alguns conceitos:
Apesar de tudo, fico contente por saber que há gente à procura do "ino nacional portugues" no Google.
Pois. Eu também já disse isso, António. Todos dissemos isso em algum momento das nossas vidas. E depois, o que resta? Um fogacho efémero, uma questão estilística, de oratória inconsequente.
Estranho. Não encontro traduções de Lord Byron. Aparentemente, os portugueses não aceitam críticas construtivas.
"Was ever woman in this humour woo'd?
Quantos contentores do lixo serão necessários para, terminada a festa, recolher as bandeiras?
I do not approve of anything that tampers with natural ignorance. Ignorance is like a delicate exotic fruit; touch it and the bloom is gone. The whole theory of modern education is radically unsound. Fortunately in England, at any rate, education produces no effect whatsoever. If it did, it would prove a serious danger to the upper classes, and probably lead to acts of violence in Grosvenor Square.
O cego à porta do centro comercial já não toca acordeão. Mantém-no ali, ao seu lado, símbolo de qualquer coisa que para ele faz algum sentido. Mas não o toca. Nem lhe toca.
Chegou a hora de abertura do hipermercado. Os produtos, que saltaram das prateleiras e passaram a noite em jovial confraternização, regressaram aos seus lugares e preparam-se para mais um dia em parada. Os novos, pouco habituados ao ambiente, contêm o riso com dificuldade. Aos mais velhos, a vida ensinou a postura grave mais conveniente, que alguns matizam com cinismo (o Sunny Delight, por exemplo), outros com desdém (todos os light), outros com compaixão, apesar de tudo (o Ovomaltine).
"Esse é o problema das elites portuguesas: elas gostariam de ter outro país. Um país mais culto e mais educado, mais 'moderno' e sem bolsas de pobreza dramáticas. Por isso, em vez de aborrecerem os portugueses, deviam primeiro olhar para si próprias. Para a televisão que criaram, para a escola que permitiram, para a arrogância da vida política, para os maus exemplos empresariais."