Cegos
O cego à porta do centro comercial já não toca acordeão. Mantém-no ali, ao seu lado, símbolo de qualquer coisa que para ele faz algum sentido. Mas não o toca. Nem lhe toca.
Agora tem um leitor de cassetes onde toca as suas gravações do acordeão. Ninguém nota a diferença, o efeito é o mesmo, e é muito menos cansativo. Só lhe falta um bocadinho de marketing.
Somos todos iguais.
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