Última hora: ministro não se demite, jornalistas chocados
Lisboa, 14 de Janeiro. A classe dos jornalistas portugueses está em estado de choque após o Ministro da Educação, David Justino, ter decidido não se demitir, na sequência de uma notícia sobre eventuais irregularidades nas suas declarações de impostos.
Sendo este o desporto favorito dos jornalistas portugueses, o acontecimento provocou um misto de comoção e incredulidade generalizada. Instado a comentar esta derrota humilhante, o jornalista Paulo Gorjão prefere optar pela desvalorização do caso e assumir que se tratou de um acidente de percurso."Tal como outros antes dele, David Justino vai aprender a licao da forma mais dura", afirmou, desafiadoramente. E como se sente nesta hora difícil?, atrevemo-nos a indagar, com um grande plano sobre os olhos húmidos. "Em menos de 24 horas, evaporou-se na sua totalidade o capital de simpatia que tinha acumulado ao longo dos ultimos meses pela figura politica de David Justino", respondeu, entre soluços.
Ainda não são claras as repercussões deste caso no sistema político e na classe jornalística portuguesa. Alguns falam no fim de um regime que já dura desde que foi denunciado um ministro por eventual roubo de uma manta num avião e que teve um dos seus momentos altos há poucos meses, com a queda de dois ministros. Outros pensam que tudo se deveu ao clima de euforia e excesso de confiança em que a classe vivia até ontem, o que levou a que o jornalista envolvido não tenha tomado as precauções mínimas para garantir o sucesso da manobra.
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